Estudo literário – Crônica narrativa
O cronista pode trabalhar qualquer assunto,
basta que tenha talento para fazê-lo. Até a falta de um assunto pode ser um assunto.
Cada cronista é singular pelo estilo que apresenta. Portanto, a tentativa de
classificar a crônica deve ser vista aqui como uma sugestão para você criar seu
próprio texto. A
crônica é uma forma textual no estilo de narração que tem por base fatos que
acontecem em nosso cotidiano. Por este motivo, é uma leitura agradável, pois o
leitor interage com os acontecimentos e por muitas vezes se identifica com as ações
tomadas pelas personagens.
Você já deve ter lido algumas crônicas, pois
estão presentes em jornais, revistas e livros. Além do mais, é uma leitura que
nos envolve, uma vez que utiliza a primeira pessoa e aproxima o autor de quem
lê. Como se estivessem em uma conversa informal, o cronista tende a dialogar
sobre fatos até mesmo íntimos com o leitor.
O texto é curto e de linguagem simples, o que
o torna ainda mais próximo de todo tipo de leitor e de praticamente todas as
faixas etárias. A sátira, a ironia, o uso da linguagem coloquial demonstrada na
fala das personagens, a exposição dos sentimentos e a reflexão sobre o que se
passa estão presentes nas crônicas.
Como exposto acima, há vários motivos que
levam os leitores a gostar das crônicas, mas e se você fosse escrever uma, o
que seria necessário? Vejamos de forma esquematizada as características da
crônica:
• Narração curta;
• Descreve fatos da vida cotidiana;
• Pode ter caráter humorístico, crítico,
satírico e/ou irônico;
• Possui personagens comuns;
• Segue um tempo cronológico determinado;
• Uso da oralidade na escrita e do
coloquialismo na fala das personagens;
• Linguagem simples.
Portanto, se você não gosta ou sente
dificuldades de ler, a crônica é uma dica interessante, pois possui todos os
requisitos necessários para tornar a leitura um hábito agradável!
Alguns cronistas mais conhecidos são:
Fernando Sabino, Rubem Braga, Luis Fernando Veríssimo, Carlos Heitor Cony,
Carlos Drummond de Andrade, Fernando Ernesto Baggio, Lygia Fagundes Telles,
Machado de Assis, Max Gehringer, Moacyr Scliar, Pedro Bial, Arnaldo Jabor,
dentre outros.
O Homem Nu
Ao acordar, disse para a mulher:
Esta é uma das crônicas mais famosas do grande escritor mineiro Fernando
Sabino. Extraída do livro de mesmo nome, Editora do Autor - Rio de
Janeiro, 1960, pág. 65.
O gênero notícia é veiculado nos meios de comunicação impresso, falado ou digital e apresenta a seguinte estrutura: título, lide, linguagem objetiva e dados sobre o fato noticiado (quem, o quê, onde, quando, como, por quê).
Título:
Fernando Sabino
Ao acordar, disse para a mulher:
— Escuta, minha filha: hoje é dia de
pagar a prestação da televisão, vem aí o sujeito com a conta, na certa.
Mas acontece que ontem eu não trouxe dinheiro da cidade, estou a nenhum.
— Explique isso ao homem — ponderou a
mulher.
— Não gosto dessas coisas. Dá um ar de
vigarice, gosto de cumprir rigorosamente as minhas obrigações. Escuta: quando
ele vier a gente fica quieto aqui dentro, não faz barulho, para ele pensar que
não tem ninguém. Deixa ele bater até cansar — amanhã eu pago.
Pouco depois, tendo despido o pijama,
dirigiu-se ao banheiro para tomar um banho, mas a mulher já se trancara lá
dentro. Enquanto esperava, resolveu fazer um café. Pôs a água a ferver e abriu
a porta de serviço para apanhar o pão. Como estivesse completamente nu,
olhou com cautela para um lado e para outro antes de arriscar-se a dar dois
passos até o embrulhinho deixado pelo padeiro sobre o mármore do parapeito.
Ainda era muito cedo, não poderia aparecer ninguém. Mal seus dedos, porém,
tocavam o pão, a porta atrás de si fechou-se com estrondo, impulsionada pelo
vento.
Aterrorizado, precipitou-se até a
campainha e, depois de tocá-la, ficou à espera, olhando ansiosamente ao redor.
Ouviu lá dentro o ruído da água do chuveiro interromper-se de súbito, mas
ninguém veio abrir. Na certa a mulher pensava que já era o sujeito da
televisão. Bateu com o nó dos dedos:
— Maria! Abre aí, Maria. Sou eu —
chamou, em voz baixa.
Quanto mais batia, mais silêncio fazia
lá dentro.
Enquanto isso, ouvia lá embaixo a porta
do elevador fechar-se, viu o ponteiro subir lentamente os andares...
Desta vez, era o homem da televisão!
Não era. Refugiado no lanço da escada
entre os andares, esperou que o elevador passasse, e voltou para a porta de seu
apartamento, sempre a segurar nas mãos nervosas o embrulho de pão:
— Maria, por favor! Sou eu!
Desta vez não teve tempo de insistir:
ouviu passos na escada, lentos, regulares, vindos lá de baixo... Tomado de
pânico, olhou ao redor, fazendo uma pirueta, e assim despido, embrulho na mão,
parecia executar um ballet grotesco e mal ensaiado. Os passos na escada se
aproximavam, e ele sem onde se esconder. Correu para o elevador, apertou o
botão. Foi o tempo de abrir a porta e entrar, e a empregada passava, vagarosa,
encetando a subida de mais um lanço de escada. Ele respirou aliviado, enxugando
o suor da testa com o embrulho do pão.
Mas eis que a porta interna do elevador
se fecha e ele começa a descer.
— Ah, isso é que não! — fez o
homem nu, sobressaltado.
E agora? Alguém lá embaixo abriria a
porta do elevador e daria com ele ali, em pêlo, podia mesmo ser algum vizinho
conhecido... Percebeu, desorientado, que estava sendo levado cada vez para mais
longe de seu apartamento, começava a viver um verdadeiro pesadelo de Kafka,
instaurava-se naquele momento o mais autêntico e desvairado Regime do Terror!
— Isso é que não — repetiu, furioso.
Agarrou-se à porta do elevador e
abriu-a com força entre os andares, obrigando-o a parar. Respirou fundo,
fechando os olhos, para ter a momentânea ilusão de que sonhava. Depois
experimentou apertar o botão do seu andar. Lá embaixo continuavam a chamar o
elevador. Antes de mais nada: "Emergência: parar". Muito bem. E
agora? Iria subir ou descer? Com cautela desligou a parada de emergência,
largou a porta, enquanto insistia em fazer o elevador subir. O elevador subiu.
— Maria! Abre esta porta! — gritava,
desta vez esmurrando a porta, já sem nenhuma cautela. Ouviu que outra porta se
abria atrás de si.
Voltou-se, acuado, apoiando o traseiro
no batente e tentando inutilmente cobrir-se com o embrulho de pão. Era a velha
do apartamento vizinho:
— Bom dia, minha senhora — disse ele,
confuso. — Imagine que eu...
A velha, estarrecida, atirou os braços
para cima, soltou um grito:
— Valha-me Deus! O padeiro está nu!
E correu ao telefone para chamar a
radiopatrulha:
— Tem um homem pelado aqui na porta!
Outros vizinhos, ouvindo a gritaria,
vieram ver o que se passava:
— É um tarado!
— Olha, que horror!
— Não olha não! Já pra dentro, minha
filha!
Maria, a esposa do infeliz, abriu
finalmente a porta para ver o que era. Ele entrou como um foguete e vestiu-se
precipitadamente, sem nem se lembrar do banho. Poucos minutos depois,
restabelecida a calma lá fora, bateram na porta.
— Deve ser a polícia — disse ele, ainda
ofegante, indo abrir.
Não era: era o cobrador da televisão.
NOTÍCIA: É a expressão de um
fato novo, que desperta o interesse público a que o jornal se destina. Gênero
textual tipicamente jornalístico, a notícia pode ser veiculada em jornais escritos,
falados, digital e em revistas.
Numa notícia predomina a narração. Mas os
jornais não contam apenas o que aconteceu: eles vão além, informando também
como e porque aconteceu determinado fato. A notícia apresenta uma estrutura padrão,
composta de duas partes: o lead e o corpo da notícia.
LEAD: é um relato sucinto
dos aspectos essenciais do fato e consiste normalmente no primeiro parágrafo.
Seu objetivo é dar informações básicas ao leitor e motivá-lo a continuar a
leitura.
Veja o
exemplo abaixo
GAROTO
VIAJA DE HONDURAS A NOVA YORK EM BUSCA DO PAI
Edwin
Sabillón, de 13 anos, perdeu a mãe, irmão e avô na passagem do furacão Mitch
Nova York - Só e desorientado, viajando de
bicicleta, automóvel, trem e ônibus, o garoto hondurenho Edwin Daniel Sabillón,
de 13 anos, saiu de Honduras e atravessou a Guatemala e o México até chegar a
Nova York, onde vive seu pai. A odisséia de Edwin – que lembra a de Huckleberry
Finn, personagem do escritor Mark Twain, ou a de Josué, o garoto do filme
Central do Brasil – começou em 22 de maio, na cidade hondurenha de San
Francisco de Yojoa. A mãe, o irmão e o avô dele morreram em novembro, durante a
passagem do furacão Mitch, que devastou boa parte da América Central. Ele
chegou à Nova York no domingo, mas, até ontem, não tinha conseguido
encontrar-se com o pai. Grevi Sabillón Vasquez, pai de Edwin, enviou ao garoto,
por intermédio de um vizinho hondurenho, US$ 200 e um bilhete com instruções vagas
para que se encontrasse com ele às 15 horas do domingo dia 27 no Aeroporto La
Guardiã, em Nova York. Do modo que pôde, o garoto iniciou a longa viagem.
Cruzou a fronteira de Honduras com a Guatemala e depois a da Guatemala com o
México. De acordo com seu relato, em Matamoros, cidade mexicana perto da
fronteira com o Texas, Edwin conquistou a simpatia de “coiotes”, como são
conhecidos os contrabandistas de imigrantes para os EUA, que o transportaram de
graça até o território americano. O preço normal cobrado por esses
contrabandistas é de US$ 5 mil por pessoa, segundo advogados que trabalham para
imigrantes ilegais. Ele foi deixado em Houston, de onde chegou a Miami. Ali,
proprietários cubanos de um restaurante deram a ele roupas novas e pagaram sua
passagem até Nova York. O garoto está agora sob a custódia da prefeitura de
Nova York. Sua história comoveu o prefeito Rudolph Giuliani, que garantiu ajuda
a Edwin para que encontre o pai. (The New York Times,
Associated Press, Ansa, EFE e DPA)
(O Estado de São Paulo)
O quê? (fatos) – um garoto
sai de Honduras, atravessa a Guatemala e o México e chega à Nova York em busca
do pai;
Quem?
(personagens/pessoas) – o garoto hondurenho Edwin Daniel Sabillón.
Quando? (tempo) – de 22 de
maio de 1999 (início da viagem) a 30 de junho do mesmo ano (data da publicação
da notícia).
Onde? (lugar) – na cidade
hondurenha de San Francisco de Yojoa.
Como? – sozinho, viajando
de bicicleta, automóvel, trem e ônibus; ajudado por contrabandistas de
imigrantes para os EUA e por proprietários cubanos de um restaurante;
Por
quê?
– perdeu a mãe, irmão e o avô, mortos na passagem do furacão Mitch.
Características
da notícia
Predomínio da narração, com a presença de
elementos essenciais de um texto narrativo: fato, pessoas envolvidas, tempo em
que ocorreu o fato, o lugar onde ocorreu, como e por que ocorreu o fato;
Estrutura padrão composta de LEAD e do CORPO;
no LEAD normalmente se encontram as respostas às seis perguntas básicas: o quê,
quem, quando, onde, como e por quê;
Título (acompanhado de sobretítulo ou
subtítulo);
Predomínio da função referencial da linguagem
(sem envolvimento emocional);
Linguagem impessoal, clara, precisa,
objetiva, de acordo com o padrão culto da língua.
No jornal falado, a presença de redatores,
locutores e sonoplastas é muito importante!
Os redatores são responsáveis por observar os
fatos do dia, selecioná-los e redigir as notícias sobre eles.
Os locutores são os apresentadores de tais
notícias e os sonoplastas os que dirigem o fundo musical, como por exemplo:
a
música de abertura do jornal.
Atividades
O gênero notícia é veiculado nos meios de comunicação impresso, falado ou digital e apresenta a seguinte estrutura: título, lide, linguagem objetiva e dados sobre o fato noticiado (quem, o quê, onde, quando, como, por quê).
A partir dessas informações, leia notícia a
seguir:
21/06/2012 13h00 – atualizado em 22/06/2012
13h00
Zeca
Baleiro faz show gratuito em Sorocaba, SP Evento será realizado pelo Sesc nesta
sexta feira (22). Show faz parte da turnê de lançamento do CD “O Disco do Ano”.
O Sesc de Sorocaba (SP) oferece atração
gratuita aos sorocabanos nesta sexta- feira (22). O cantor e compositor Zeca
Baleiro apresenta o show da turnê de lançamento de seu 9º CD de inéditas “O
Disco do Ano”, no Parque dos Espanhóis.
Zeca Baleiro (voz, violões, guitarra, ukelele)
será acompanhado pela banda composta por Tuco Marcondes (violão, gaita, ukelele
e banjo); Fernando Nunes (baixo e violão); Kuki Stolarski (bateria e
percussão); Pedro Cunha (teclados, samplers, sintetizadores e acordeon) e
Adriano Magoô (teclados, samplers, sintetizadores e acordeon).
Disponível
em:http://g1.globo.com/são
paulo/sorocaba jundiai/notícia/2012/06/zeca-baleiro-faz-show-gratuito-em-sorocaba-sp.html.Acesso
em: 21 de junho de 2012.
Agora
defina as informações básicas da notícia em questão.
Título:
Do que trata a notícia?
Com quem aconteceu?
Onde aconteceu?
Quando aconteceu?
Irmãozinho
Palavra Cantada
Mamãe vai me dar um irmãozinho
Estou contente
Que bom
Meu pai diz que é ruim ficar sozinho
E tudo que é meu será dos dois
Até a mamãe e o papai de nós dois
Mamãe vai me dar um irmãozinho
Estou contente
Que bom
O nosso apartamento é pequeno
E o meu quarto é pequenininho
Então papai e mamãe me disseram
Dá-se um jeito
Que vale? O que importa? Que o filho já tá quase batendo na porta!
Vai pegar meus brinquedos!
Mamãe vai me dar um irmãozinho
Estou contente
Que bom
Até que é bom ficar sozinho
Não sei porque o papai diz que é ruim
O que é ruim pra ele, é bom pra mim
Perguntei se pelo menos ele vai saber que eu sou sua irmã
Responderam que não... vou ter que esperar...
Mamãe vai me dar uma irmãzinha
Estou contente
Que bom
Papai diz que é ruim ficar sozinho
E tudo que é só meu será dos dois
Até a mamãe e o papai de nós dois
Mamãe vai me dar uma irmãzinha
Estou contente
Que bom
O nosso apartamento é pequeno
E o meu quarto é pequenininho
Então mamãe e papai me disseram
Dá-se um jeito
Que vale? O que importa? O nenê ja tá quase batendo na porta!
Vai pegar meus brinquedos!
Mamãe vai me dar uma irmãzinha
Estou contente
Que bom
Até que é bom ficar sozinho
Não sei porque papai diz que é ruim
O que é ruim pra ele, é bom pra mim
Perguntei se pelo menos ela vai saber que eu sou seu irmão
Responderam que não... vou ter que esperar...
Contos de terror!!
Mamãe vai me dar um irmãozinho
Estou contente
Que bom
Estou contente
Que bom
Meu pai diz que é ruim ficar sozinho
E tudo que é meu será dos dois
Até a mamãe e o papai de nós dois
E tudo que é meu será dos dois
Até a mamãe e o papai de nós dois
Mamãe vai me dar um irmãozinho
Estou contente
Que bom
Estou contente
Que bom
O nosso apartamento é pequeno
E o meu quarto é pequenininho
Então papai e mamãe me disseram
Dá-se um jeito
Que vale? O que importa? Que o filho já tá quase batendo na porta!
Vai pegar meus brinquedos!
E o meu quarto é pequenininho
Então papai e mamãe me disseram
Dá-se um jeito
Que vale? O que importa? Que o filho já tá quase batendo na porta!
Vai pegar meus brinquedos!
Mamãe vai me dar um irmãozinho
Estou contente
Que bom
Estou contente
Que bom
Até que é bom ficar sozinho
Não sei porque o papai diz que é ruim
O que é ruim pra ele, é bom pra mim
Perguntei se pelo menos ele vai saber que eu sou sua irmã
Responderam que não... vou ter que esperar...
Não sei porque o papai diz que é ruim
O que é ruim pra ele, é bom pra mim
Perguntei se pelo menos ele vai saber que eu sou sua irmã
Responderam que não... vou ter que esperar...
Mamãe vai me dar uma irmãzinha
Estou contente
Que bom
Estou contente
Que bom
Papai diz que é ruim ficar sozinho
E tudo que é só meu será dos dois
Até a mamãe e o papai de nós dois
E tudo que é só meu será dos dois
Até a mamãe e o papai de nós dois
Mamãe vai me dar uma irmãzinha
Estou contente
Que bom
Estou contente
Que bom
O nosso apartamento é pequeno
E o meu quarto é pequenininho
Então mamãe e papai me disseram
Dá-se um jeito
Que vale? O que importa? O nenê ja tá quase batendo na porta!
Vai pegar meus brinquedos!
E o meu quarto é pequenininho
Então mamãe e papai me disseram
Dá-se um jeito
Que vale? O que importa? O nenê ja tá quase batendo na porta!
Vai pegar meus brinquedos!
Mamãe vai me dar uma irmãzinha
Estou contente
Que bom
Estou contente
Que bom
Até que é bom ficar sozinho
Não sei porque papai diz que é ruim
O que é ruim pra ele, é bom pra mim
Perguntei se pelo menos ela vai saber que eu sou seu irmão
Responderam que não... vou ter que esperar...
Não sei porque papai diz que é ruim
O que é ruim pra ele, é bom pra mim
Perguntei se pelo menos ela vai saber que eu sou seu irmão
Responderam que não... vou ter que esperar...
Contos de terror!!
As flores da morte
Conta-se que uma moça
estava muito doente e teve que ser internada em um hospital. Desenganada pelos
médicos, a família não queria que a moça soubesse que iria morrer. Todos seus
amigos já sabiam. Menos ela. E para todo mundo que ela perguntava se ia morrer,
a afirmação era negada.
Depois de muito receber
visitas, ela pediu durante uma oração que lhe enviassem flores. Queria rosas
brancas se fosse voltar para casa, rosas amarelas se fosse ficar mais um tempo
no hospital e estivesse em estado grave, e rosas vermelhas se estivesse próxima
sua morte.
Certa hora, bate a porta
de seu quarto uma mulher e entrega a mãe da moça um maço de rosas vermelhas
murchas e sem vida. A mulher se identifica como "mãe da Berenice".
Nesse meio de tempo, a moça que estava dormindo acordou, e a mãe avisou pra ela
que a mulher havia deixado o buquê de rosas, sem saber do pedido da filha feito
em oração.
Ela ficou com uma cara
de espanto quando foi informada pela mãe que quem havia trazido as rosas era a
mãe da Berenice. A única coisa que a moça conseguiu responder era que a mãe da
Berenice estava morta há 10 anos.
A moça morreu naquela
mesma noite. No hospital ninguém viu a tal mulher entrando ou saindo.
As flores da morte
Conta-se que uma moça estava muito doente e teve que ser internada em um hospital. Desenganada pelos médicos, a família não queria que a moça soubesse que iria morrer. Todos seus amigos já sabiam. Menos ela. E para todo mundo que ela perguntava se ia morrer, a afirmação era negada.
O caderno (Chico Buarque)
Sou eu que vou seguir você
Do primeiro rabisco até o bê-aba
Em todos os desenhos
Coloridos vou estar
A casa, a montanha, duas nuvens no céu
E um sol a sorrir no papel
Sou eu que vou ser seu colega
Seus problemas ajudar a resolver
Sofrer também nas provas bimestrais
Junto a você
Serei sempre seu confidente fiel
Se seu pranto molhar meu papel
Sou eu que vou ser seu amigo
Vou lhe dar abrigo
Se você quiser
Quando surgirem seus primeiros raios de mulher
A vida se abrirá num feroz carrossel
E você vai rasgar meu papel
O que está escrito em mim
Comigo ficará guardado
Se lhe dá prazer
A vida segue sempre em frente
O que se há de fazer ?
Só peço a você um favor
Se puder
Não me esqueça num canto qualquer
super herói
Observamos
que qualquer personagem super-heroico possui as seguintes características: I)
superpoderes; II) atos heroicos; III)
fantasia, disfarce, uniforme, vestimenta de identificação, entre outros; IV)
código de conduta, ou seja, não matar, não obter vantagem financeira com seus atos
heroicos e preocupação com a sociedade que o cerca.
O caderno (Chico Buarque)
Sou eu que vou seguir você
Do primeiro rabisco até o bê-aba
Em todos os desenhos
Coloridos vou estar
A casa, a montanha, duas nuvens no céu
E um sol a sorrir no papel
Sou eu que vou ser seu colega
Seus problemas ajudar a resolver
Sofrer também nas provas bimestrais
Junto a você
Serei sempre seu confidente fiel
Se seu pranto molhar meu papel
Sou eu que vou ser seu amigo
Vou lhe dar abrigo
Se você quiser
Quando surgirem seus primeiros raios de mulher
A vida se abrirá num feroz carrossel
E você vai rasgar meu papel
O que está escrito em mim
Comigo ficará guardado
Se lhe dá prazer
A vida segue sempre em frente
O que se há de fazer ?
Só peço a você um favor
Se puder
Não me esqueça num canto qualquer
Se puder
Não me esqueça num canto qualquer
super herói
Os
super-heróis que nasceram com, ou desenvolveram, alguma espécie de superpoder
de forma natural aperfeiçoando-os com treinamentos realizados em grupos de
superpoderosos ou mesmo sozinhos, a fim de dominarem e saberem utilizar melhor
suas aptidões.
Seres comuns que por um acaso da “vida”, ou da
ciência, evoluíram e deixaram a condição anterior e se descobriram com aptidões
que um ser humano dificilmente experimentaria.
No
filme Hulk, o cientista David Banner, pai do protagonista, desenvolveu um
experimento e reuniu as seguintes características e conclusões: água-viva
(sistema imunológico e (bioluminescência verde); migração induzida/base
genética para regeneração; endurecimento de tecido como mecanismo de defesa;
neutralização e resistência à toxinas, espécie-chave: lagarto. A partir daí,
Banner pai, criou um sistema imune reforçando a resposta celular e introduziu-a
nele mesmo. Algum tempo depois percebeu sinais de modificação genética em suas
células. Quando Bruce Banner era bebê e chorava muito (ou ficava irritado), o
pai percebeu que houve transmissão genética de seu experimento ao filho, pois,
por vezes, algumas manchas esverdeadas apareciam na pele do bebê e depois
sumiam quando este se acalmava. Bruce Banner cresceu, formou-se cientista e, ao
tentar consertar um problema em uma máquina de pesquisa de regeneração humana,
ela saiu de controle liberando nanomeds introduzindo com eficácia os efeitos
regenerativos auxiliado pela radiação gama “libertando o Hulk que havia dentro
dele” transmitido por seu pai, geneticamente.
Em Mulher-Gato,
a protagonista homônima, sofre um acidente e morre. Após um “sopro mágico” de
um gato chamado Midnight, ela ressuscita e adquire habilidades sobre-humanas,
como super agilidade e super velocidade. Tem o poder de subir e movimentar-se
pelas paredes sem auxílio de equipamentos. Capaz de realizar saltos a grandes
distâncias; passar entre as grades de uma cela de uma prisão de forma parecida
a de um gato; audição, visão e olfatos aguçados e reflexos instintivos
sobre-humanos.
Um acidente espacial, causado por uma nuvem
cósmica de ventos solares, atingiu Reed Richards, Sue, Johnny Storm, e Ben
Grimm, causando mudanças em suas estruturas genéticas e fornecendo a eles capacidades
sobre-humanas. Johnny Storm/Tocha Humana emana fogo de seu corpo, tomando-o por
completo, sem sofrer nenhuma lesão, capacitando-o a lançar chamas e voar. Sue
Storm/Mulher Invisível torna-se invisível e produz um campo-de-força capaz de
não permitir a entrada ou saída de qualquer elemento dele, suportando,
inclusive, altas temperaturas. Reed Richards/Homem-Elástico tem o poder de
esticar qualquer parte de seu corpo a grandes distâncias e adentrar em um ambiente
por pequenas frestas, por conta da elasticidade de seu corpo. Pelo fato de ser
elástico tem força para imobilizar ou segurar pessoas e objetos fortes e/ou
pesados. Ben Grimm/Coisa tem aspecto de pedra e força sobre-humana podendo parar
uma carreta com seu corpo ou segurar um caminhão de bombeiros com as mãos.
X-Men
– Origens: Wolverine. O personagem Wolverine, descobre ainda criança que é um
mutante, pois saem de cada uma de suas mãos três ossos pontiagudos e, seu
corpo, tem um alto poder regenerativo e, por conta disto, atingiu uma idade
física que não será alterada. Por conta destas qualidades de 22 mutantes, o
exército americano realiza uma operação introduzindo em seus ossos um composto
chamado adamantium (mistura de metais e um elemento vindo do espaço que o torna
mais resistente que qualquer outro material existente na Terra). A super-heroina
Kayla hipnotiza quem encostar. Sua irmã Emma, tem o poder de modificar sua pele
transformando-a em pequenos diamantes e tornando-se resistente a tiros. O
super-herói Gombit, ao encostar em objetos, consegue transmitir alto poder de
impacto transformando cartas de baralho ou uma vara em poderosas armas. Estes
últimos três não têm suas origens esclarecidas no filme, mas sabemos que seus
superpoderes ocorrem por conta de serem mutantes.
Pudemos
observar que, tanto Super-homem quanto Wolverine têm seus superpoderes
originados, alimentados ou ampliados, por elementos vindos do espaço, como o
Sol ou um composto extraterrestre, como se, a única esperança possível de
salvação da humanidade somente ocorreria oriunda de um lugar distante do qual
vivemos..
Dentro
deste grupo, observamos dois aspectos interessantes. O primeiro, diz respeito a
seres humanos que adquirem características de animais, como nos filmes
Homem-Aranha, Mulher-Gato e Hulk. E, o segundo, os superpoderes têm
características semelhantes a “objetos” como radar, elástico, pedra, vidro,
entre outros. São eles: Demolidor, Quarteto Fantástico e Quarteto Fantástico E
O Surfista Prateado.
O
primeiro filme do grupo “c” é Homem-Aranha. Peter Parker é o protagonista que
se transformará em Homem-Aranha após ser picado por uma aranha geneticamente
modificada. A origem de seu superpoder surgiu a partir do momento em que, o
Centro de Pesquisa Genética do Departamento de Ciências da
Universidade
de Columbia mapeou, por cinco anos, o DNA de diversas aranhas. Após isto,
utilizaram um RNA sintético para criar um novo genoma que combina os dados
genéticos de três aranhas em quinze super-aranhas geneticamente modificadas. E,
foi uma destas aranhas que picou o protagonista ocasionando uma espécie de
evolução nos genes de Peter Parker. Como consequência, seu corpo sofreu
modificações que lhe deram características de uma aranha, como grandes saltos,
produção e lançamento de fios de aranha podendo saltar de prédio em prédio com
extrema agilidade; capacidade de construir teias gigantes; impulso que o possibilita
dar grandes saltos; poder de subir e escalar paredes e agarrar objetos sem
auxílio de equipamentos; super audição; agilidade e reflexo sobre-humanos aproximando-se
de um sentido de pré-cognição do perigo iminente. Em sua continuação, no filme
Homem-Aranha , além dos superpoderes.
O
que é ato heroico?
Os
atos heroicos combinam diversos fatores. E, alguns deles são fundamentais e constantes
em todos os personagens para que possamos compreender de que forma os super-heróis
agem em suas histórias. Eles salvam pessoas de um perigo iminente ou que já
estão em situação adversa arriscando sua própria vida a favor destas. É comum,
também, o super-herói arriscar-se por conta de um bem ou uma preocupação
coletiva, como uma cidade, um país, o planeta Terra e, por vezes até o universo.
Estes atos de bravura e a escolha de uma vida repleta de riscos em
favorecimento do bem-estar da sociedade que os cercam fazem destes personagens
serem considerados grandes heróis.
O
código de conduta de um super-herói
O
código de conduta observado nos personagens super heroicos refere-se a três
“Leis” fundamentais: 1) não matar; 2) não auferir renda e/ou obter vantagem financeira
com seus atos heroicos; 3) preocupação com a sociedade que o cerca.
A
começar pela Lei n° 1, não matar significa que os super-heróis escolhem imobilizar
um criminoso para que a polícia o prenda ou entregá-lo à polícia, ao invés de
julgar as atitudes de um malfeitor no ato em que o tem em suas mãos, ou mesmo executar
uma sentença conforme suas convicções.
Lei
n° 2 - Não obter vantagem financeira com seus atos heroicos
Em
relação à Lei n° 2, o super-herói não ganha salário ou obtém vantagem financeira
com seus atos heroicos. Seus atos são executados pelo compromisso de realizar o
bem e combater o mal sem ser obrigado a fazer o que faz ou preocupar-se com
algum benefício posterior em forma de recompensa por desempenhar o papel que
escolheu. Por conta disto, podemos dividir este item em dois aspectos. Os que
trabalham nos momentos em que não agem como super-heróis.
Lei
n° 3 - Preocupação com a sociedade que o cerca
A
Lei n° 3, diz respeito às preocupações do super-herói em relação ao meio
ambiente em que vivem. Há super-heróis que se preocupam
com o que acontece não somente em seu planeta, mas com o que ocorre fora dele.
Características físicas
e psicológicas
Pessoa: Geralmente quando falamos de uma pessoa,
lembramos de seu modo de sorrir, de sua estatura, do formato do rosto, e assim
por diante. Portanto, ao retratar alguém no papel você pode salientar algumas
peculiaridades físicas, como: altura, cor da pele, cor dos olhos e cabelos,
peso, modo de vestir, tom da voz, usa óculos, etc..
Também deverá apontar
características psicológicas: caráter, temperamento, modo de se expressar,
conduta, modo de agir, modo de falar,inteligente, nervoso, calmo,ciumento, etc.
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